tigrinho da china Trump usa palco no Congresso como comício, ressalta políticas da campanha e reforça ameaças externas

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No discurso mais longo no Congresso americano entre os ocupantes da Casa Branca da história moderna， o presidente dos Estados Unidostigrinho da china， Donald Trump， enfatizou nesta terça-feira (4) as principais bandeiras do início do seu governo em uma fala envolta em tom de comício ao mesmo tempo em que， na política externa， ameaçou novamente tomar o Panamá e a Groenlândia e voltou a pressionar por uma paz rápida na Guerra da Ucrânia.

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Trump falou no plenário do Congresso diante de uma plateia de parlamentares dos partidos Republicano e Democrata e em um discurso televisionado em horário nobre dos EUA. Na fala， o presidente defendeu a imposição de tarifas， citando o Brasil， exaltou seus cortes de gastos —que incluem demissões em massa—， e falou amplamente sobre sua política de imigração， atacando a do antecessor Joe Biden.

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Esta mensagem aos parlamentares， segundo a tradição， é feita pelos presidentes da República anualmente， sob o nome de discurso de Estado da União， mas desta vez não recebeu essa alcunha —também é tradição que presidentes recém-empossados só se refiram ao discurso anual dessa forma a partir do segundo ano do mandato.

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Em fala que se assemelhou aos seus discursos de campanha， substituindo apenas o tempo verbal， Trump iniciou dizendo que "a América está de volta". "Em 43 dias， tivemos mais realizações do que a maioria dos presidentes acumula em quatro ou oito anos， e estamos só começando"， disse.

jogo do.tigre jogo do fortune tiger O presidente dos Estados Unidos， Donald Trump， discursa ao Congresso americano em Washington， capital do país - Kayla Bartkowski - 4.mar.25/AFP

"Nosso espírito está de volta. Nosso orgulho está de volta. Nossa confiança está de volta. E o sonho americano está crescendo， maior e melhor do que antes. O sonho americano não tem limites"， disse Trump. Ele fez referência ao seu discurso de posse quando disse que os EUA estão numa nova era de ouro， voltando a pintar um país fraco sob Biden.

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Mesmo com maioria republicana na Câmara e no Senado， a fala não passou incólume e foi alvo de protestos de deputados e senadores democratas —o deputado Al Green， do Texas， interrompeu a fala de Trump logo nos primeiros cinco minutos do discurso， gritando "você não tem mandato" ao presidente. O presidente da Câmara， Mike Johnson， deu ordem para que Green fosse retirado da Casa —é a primeira vez que isso acontece em um discurso como esse.

Ao longo do discurso， os democratas ergueram placas que diziam "falso"， "Musk rouba"， e "salve o Medicaid"， o programa de seguro saúde do governo que é alvo dos republicanos há anos. As parlamentares democratas vestiram-se com roupas rosas ou roxas chamativas como forma de protesto a Trump， e muitos membros do partido permaneceram sentados quando o presidente chegou.

"Mais uma veztigrinho da china， olho para os democratas na minha frente e vejo que não há nada que eu possa fazer que vá fazer com que eles sorriam ou aplaudam"， disse Trump logo depois. "É a quinta vez que estou aqui， e é sempre a mesma coisa. Posso curar a pior doença que existe， e essas pessoas aqui não vão bater palmas， não vão se levantar e me apoiar. É muito triste， e não deveria ser assim."